Comemoração pela vitória histórica do Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões acaba em violência, deixando vítimas fatais, centenas de feridos e prisões em massa

A vitória inédita do Paris Saint-Germain (PSG) na Liga dos Campeões da UEFA, com goleada de 5 a 0 sobre a Inter de Milão, foi marcada por cenas de violência que contrastaram com a euforia dos torcedores. O que deveria ser uma noite de festa se transformou em caos nas ruas de Paris e em diversas outras cidades francesas.

De acordo com o Ministério do Interior da França, os distúrbios registrados após o fim da partida resultaram em duas mortes, mais de 190 feridos e mais de 550 prisões em todo o país. Só em Paris, 491 pessoas foram detidas.

Na capital francesa, milhares de torcedores ocuparam os Campos Elísios para celebrar a conquista. No entanto, o clima festivo deu lugar a confrontos com a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e jatos d’água para conter atos de vandalismo, como incêndios de veículos, saques a lojas e depredações.

Entre as vítimas fatais, um jovem de 17 anos foi esfaqueado em Dax, no sudoeste da França, e uma mulher de 23 anos morreu atropelada por um motorista em alta velocidade em Paris. Além disso, um policial foi gravemente ferido após ser atingido por fogos de artifício e permanece em coma induzido.

As autoridades francesas haviam mobilizado mais de 5 mil agentes de segurança na capital, mas os esforços não impediram a destruição. Cerca de 260 veículos foram incendiados, e ao menos 29 integrantes dos serviços de emergência ficaram feridos durante as ações de contenção.

Apesar dos episódios de violência, o PSG confirmou a realização de um desfile de comemoração neste domingo, com a expectativa de atrair mais de 100 mil torcedores. O governo reforçou que não tolerará novos atos de vandalismo e promete uma forte presença policial.

A conquista do título europeu pelo clube francês, que entrou para a história com a maior goleada já registrada em uma final de Champions, acabou manchada por uma noite de tragédia e tensão nas ruas do país. O apelo por celebrações pacíficas parte agora dos próprios jogadores e dirigentes do clube, que pedem responsabilidade aos torcedores diante da importância do feito alcançado.