TCU cobra explicações de Hugo Motta por suspeita de funcionárias-fantasmas

Published On: 04/11/2025 15:32

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Presidente da Câmara tem prazo para apresentar provas de frequência e trabalho em casos apontados como “indícios de fatos graves” pela área técnica

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) enviou ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), requisitando documentação que comprove a efetiva atuação de duas servidoras lotadas no seu gabinete, em meio à apuração de supostas “funcionárias-fantasmas”. A solicitação exige escalas de trabalho, relatórios de atividade e outros documentos no prazo de até 15 dias.

O pedido decorre de representação formulada pelo Ministério Público junto ao TCU, que apontou indícios de irregularidades, como acúmulo de cargos e incompatibilidade de horários que podem configurar dano ao erário. Os nomes das servidoras citadas nas apurações são Gabriela Batista Pagidis e Monique Agra Magno. Em matéria de imprensa, Gabriela teria atuado em clínicas particulares enquanto mantinha vínculo funcional com o gabinete, e Monique acumularia cargo na prefeitura e na Câmara.

Segundo as reportagens, algumas exonerações foram realizadas após a repercussão negativa, porém o TCU manteve o processo aberto para investigação mais profunda, sobretudo quanto à dimensão financeira e à existência de efetivo vínculo de trabalho. O TCU ainda não tomou decisão de mérito ou aplicou sanção.

A assessoria de Hugo Motta afirmou que “todos os servidores do gabinete cumprem suas atribuições e que será apresentado todo o material solicitado”. O presidente da Câmara mantém-se em silêncio público sobre o andamento da apuração.

Especialistas em controle público avaliam que o caso reforça a importância de transparência e acompanhamento contínuo das nomeações em gabinetes, além de evidenciar a atuação do TCU no controle interno do Poder Legislativo. Em última instância, a forma como o Executivo e Legislativo lidam com as conclusões do TCU pode impactar a credibilidade institucional nas percepções da sociedade.

Créditos: Jornal Nacional / TCU / Ministério Público junto ao TCU

Foto: Folha UOL

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