Julgamento será nos dias 24 e 25 de fevereiro, após liberação do processo pelo ministro Alexandre de Moraes; réus incluem ex-parlamentares e ex-integrantes da segurança pública do Rio de Janeiro

O Supremo Tribunal Federal agendou para os dias 24 e 25 de fevereiro de 2026 o julgamento dos réus acusados de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime ocorrido em março de 2018 e que ganhou repercussão nacional e internacional. A definição das datas ocorreu após o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, liberar a ação penal para análise em plenário.

O julgamento será um dos primeiros do ano no STF, já que o processo só pôde avançar após o fim do recesso do Judiciário. A medida atende a pedido do próprio relator, que ressaltou a necessidade de dar andamento a um dos casos mais emblemáticos da história recente do país, marcado por forte cobrança social por justiça e transparência.

Entre os réus que irão a julgamento estão figuras conhecidas da cena política e da segurança pública do Rio de Janeiro: o ex-deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas fluminense Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do RJ Rivaldo Barbosa, além do major Ronald Alves de Paula e do ex-policial militar Robson Calixto Fonseca. Todos são apontados como envolvidos no planejamento do crime, segundo denúncias apresentadas ao Supremo.

A expectativa em torno do julgamento é alta. Para especialistas, a análise do caso pela mais alta Corte do país representa um marco no enfrentamento à violência política e ao poder de grupos criminosos ligados às milícias. A ação também deve oferecer respostas aguardadas há mais de sete anos pela família de Marielle, por organizações de direitos humanos e pela sociedade civil.

O crime, que chocou o país, transformou-se em símbolo do debate sobre segurança pública, democracia e proteção de lideranças políticas. A definição das datas do julgamento pelo STF é vista como um passo determinante para esclarecer responsabilidades e concluir uma investigação que atravessou diferentes fases e instâncias.

Com o processo pronto para ir a plenário, fevereiro de 2026 deve se tornar um ponto decisivo na busca por justiça no caso Marielle Franco, um dos mais sensíveis e acompanhados do Brasil contemporâneo.

Fonte: Revista Oeste

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