Ex-delegado-geral de São Paulo foi executado em ataque que levanta suspeitas de ação do PCC

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira (17) um homem suspeito de envolvimento na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado na semana passada após perseguição e emboscada na capital paulista. A identidade do detido não foi divulgada, mas ele é apontado como peça-chave na execução do crime.

Segundo as investigações, dois homens já haviam sido identificados como suspeitos diretos de participação na execução. Um deles possui histórico criminal extenso, com passagens por roubo e tráfico de drogas, além de apreensões quando era menor de idade. A Justiça já foi acionada para decretar a prisão temporária dos investigados.

O ataque ocorreu de forma cinematográfica: câmeras de segurança registraram a perseguição ao veículo de Fontes, que acabou batendo em um ônibus e capotando. Logo em seguida, os criminosos se aproximaram e dispararam contra o ex-chefe da Polícia Civil paulista, que não resistiu.

A perícia no local e a análise de imagens permitiram identificar os envolvidos, além de revelar o uso de dois veículos durante a ação criminosa. A linha de investigação mais forte aponta para um atentado encomendado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), organização que teve parte de suas operações desmanteladas ao longo da trajetória de Fontes.

O caso ganhou repercussão nacional e mobilizou autoridades da segurança pública. Para especialistas, o crime pode representar um recado da facção criminosa contra medidas de endurecimento no combate ao crime organizado.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo reforçou que as investigações prosseguem sob sigilo e que outras prisões não estão descartadas.

Fonte/Imagem: Revista Oeste