Aneel mantém cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 kWh devido ao uso intensivo de termelétricas e reservatórios em baixa

A conta de luz vai continuar pesando no bolso do consumidor em setembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou, nesta semana, a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o próximo mês. Isso significa uma cobrança extra de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Essa é a bandeira tarifária mais cara do sistema e reflete um cenário crítico de geração de energia no Brasil. De acordo com a Aneel, os reservatórios das principais hidrelétricas do país continuam operando em níveis baixos, o que força o uso de usinas termelétricas, que têm custo de operação mais elevado. Esse aumento no custo da geração é repassado ao consumidor por meio das bandeiras tarifárias.

O que são as bandeiras tarifárias?

O sistema de bandeiras foi criado para informar ao consumidor, de forma transparente, o custo real da geração de energia. Funciona como um semáforo:

• 🟩 Verde: condições favoráveis; não há cobrança extra.

• 🟨 Amarela: condições menos favoráveis; pequena taxa adicional.

• 🔴 Vermelha Patamar 1 e 2: geração cara; cobrança mais alta.

Atualmente, estamos no patamar 2 da bandeira vermelha, o mais elevado. Esse modelo busca incentivar o uso consciente de energia, especialmente em momentos de crise hídrica ou aumento da demanda.

Como o consumidor pode economizar?

Diante do aumento, especialistas recomendam medidas simples que podem ajudar a reduzir o consumo e, consequentemente, a conta de luz:

• Desligar luzes ao sair de um cômodo;

• Reduzir o uso de chuveiros elétricos no horário de pico;

• Evitar deixar aparelhos em modo stand-by;

• Aproveitar mais a luz natural durante o dia;

• Trocar lâmpadas comuns por LED.

Perspectiva para os próximos meses

A Aneel informou que acompanha de perto as condições climáticas e o nível dos reservatórios. Caso chova mais nas regiões produtoras e o nível das hidrelétricas suba, pode haver revisão da bandeira para os meses seguintes. Por enquanto, no entanto, a orientação é economizar.

Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica