Parlamentar destaca expansão do aluguel social, projeto Restaurando Sorrisos e o uso do Maria da Penha Online como pilares de proteção e autonomia para mulheres vítimas de violência no DF

Por Janna Machado

O Distrito Federal começa a perceber algo que vai além dos indicadores sociais: quando o poder público decide olhar para a dor de uma mulher vítima de violência com seriedade, políticas públicas deixam de ser números e passam a reconstruir vidas. A expansão do aluguel social para atender 7 mil famílias até o fim do ano é apenas um dos sinais de que o DF, enfim, compreendeu que proteção não se faz apenas com discurso, mas com estrutura concreta.

Moradia segura não é luxo, é o alicerce para que uma mãe consiga dormir sem sobressaltos, levar os filhos para a escola e reorganizar a própria existência longe do agressor. Sem endereço, não há autonomia. Sem autonomia, não há recomeço. O aluguel social devolve o básico que a violência arrancou: pertencimento, privacidade e a chance de respirar.

E se reconstruir exige casa, também exige coragem. É aqui que o projeto Restaurando Sorrisos redefine o papel do Estado. Um sorriso recuperado não é só estética. É identidade, autoestima e ponte para voltar ao mercado de trabalho sem carregar no rosto as marcas de uma história que não deveria ter acontecido. Cada prótese colocada, cada tratamento concluído, é uma afirmação de que essas mulheres não foram esquecidas pelo sistema.

Outro avanço que merece destaque é o Maria da Penha Online, disponível no portal oficial do GDF. Uma ferramenta simples, mas poderosa, que permite solicitar medidas protetivas digitalmente, sem a exigência de deslocamento e sob total sigilo. É o tipo de política que entende a realidade, a urgência e os riscos enfrentados por quem está tentando escapar da violência. Tecnologia, aqui, vira escudo.

Essas ações, quando somadas, mostram que políticas públicas eficientes não apenas salvam vidas, mas reorganizam destinos. E é por isso que figuras como o deputado Rafael Prudente têm papel essencial na defesa e fortalecimento dessas iniciativas. Não se trata de protagonismo político, mas de garantir que estruturas que funcionam continuem funcionando e cheguem a quem realmente precisa.

O DF avança quando o governo decide ser mais do que gestor. Avança quando é rede, suporte e possibilidade. Quando entende que acolher mulheres é proteger famílias, fortalecer comunidades e mudar a lógica de um problema que insiste em se repetir.

A verdadeira transformação social não acontece em gabinetes. Acontece no momento em que uma mulher, pela primeira vez, gira a chave de uma porta que ela mesma escolheu abrir. Acontece quando ela sorri diante do espelho e reconhece alguém que voltou a existir. Acontece quando o Estado cumpre seu papel e lembra que dignidade não é concessão. É direito.