Sobrinha é acusada de estelionato e vilipêndio de cadáver ao tentar sacar empréstimo de R$ 17 mil com tio já falecido

A Justiça do Rio de Janeiro realizou nesta terça-feira a primeira audiência de instrução do caso conhecido como “Tio Paulo”. O episódio ocorreu em abril deste ano e gerou grande repercussão nacional e internacional. Paulo Roberto Braga, um idoso, foi levado já sem vida para uma agência bancária na Zona Oeste do Rio por sua sobrinha, Érica Nunes, que tentou sacar R$ 17 mil em seu nome.

Érica Nunes chegou a ser presa preventivamente logo após o incidente, ficando detida por duas semanas. No entanto, sua prisão foi revogada posteriormente por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela responde agora às acusações de estelionato e vilipêndio de cadáver.

Durante as investigações, depoimentos e imagens de câmeras de segurança sugerem que Érica já sabia que o tio estava morto ao levá-lo ao banco. Funcionários da agência, percebendo a situação incomum, acionaram o SAMU e a polícia local. Érica foi detida após prestar depoimento em uma delegacia da cidade.

Em sua defesa, Érica afirmou que não tinha percebido que o tio estava sem vida e que teria ido ao banco a pedido dele para realizar o saque. O caso, que deve se estender até 2025, levanta debates sobre a exploração de vulneráveis e práticas de estelionato.

A próxima fase do julgamento será crucial para esclarecer as circunstâncias deste episódio trágico e definir as responsabilidades de Érica Nunes perante a Justiça.