O risco escondido por trás de um “simples remédio”
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Especialista do IgesDF alerta: automedicação pode causar efeitos colaterais graves, interações perigosas e até atrapalhar tratamentos
A pressa para aliviar uma dor, acabar com um mal-estar rápido ou “resolver sozinho” um problema de saúde continua levando milhares de pessoas à automedicação. O hábito, tão comum quanto perigoso, ganhou um alerta reforçado por especialistas do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que chamam atenção para os impactos silenciosos de usar medicamentos sem qualquer orientação profissional.
Segundo profissionais da rede, o corpo reage a cada substância de maneira única — e isso transforma aquela pílula aparentemente inofensiva em um risco real. Anti-inflamatórios, analgésicos, antigripais e até vitaminas podem desencadear efeitos colaterais importantes, mascarar sintomas sérios e, em alguns casos, causar prejuízos duradouros à saúde.
O problema se agrava quando o paciente já faz uso de outros remédios. Interações entre substâncias podem diminuir o efeito de tratamentos essenciais, potencializar reações adversas ou criar combinações perigosas. Em quadros crônicos, como hipertensão e diabetes, isso compromete diretamente o controle da doença.
Outro ponto destacado pelo IgesDF é a falsa sensação de segurança que a automedicação provoca. Ao aliviar temporariamente o desconforto, o medicamento “apaga” sinais importantes que ajudariam médicos a identificar a causa real do problema. Isso gera atrasos de diagnóstico e pode complicar ainda mais o quadro clínico.
Especialistas reforçam que nenhum sintoma persistente deve ser tratado com improviso. A orientação é simples: buscar atendimento e seguir as prescrições adequadas, sempre respeitando doses, horários e duração indicadas pelos profissionais.
O recado é direto: remédio é ferramenta poderosa e toda ferramenta poderosa precisa ser usada com responsabilidade. A prevenção continua sendo o melhor tratamento, e a informação, a aliada mais eficiente para evitar problemas que poderiam ser facilmente prevenidos com uma consulta.
Fonte/Foto: Agência Brasília

