Presente na Neo Química Arena, ministro do STF foi alvo de protestos da torcida e respondeu com sinal considerado ofensivo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, protagonizou uma cena polêmica durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, realizado na Neo Química Arena, em São Paulo, no último domingo. Ao ser reconhecido nas arquibancadas e vaiado por parte dos torcedores presentes, Moraes respondeu com um gesto obsceno, erguendo o dedo médio em direção à plateia.

O episódio rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais e foi amplamente compartilhado em vídeos feitos por torcedores. A atitude dividiu opiniões: enquanto críticos apontaram a conduta como inadequada para um membro da Suprema Corte, apoiadores argumentaram que a reação foi provocada pelas hostilidades recebidas.

A ocorrência se deu no mesmo dia em que o nome de Alexandre de Moraes foi incluído em uma lista de sanções dos Estados Unidos, sob a Lei Global Magnitsky, que prevê restrições a indivíduos acusados de violações de direitos humanos ou corrupção. Embora o governo brasileiro tenha classificado a medida como “indevida” e “inaceitável”, a sanção aumentou o clima de tensão em torno do ministro.

Apesar do gesto ter sido interpretado por muitos como um desabafo pessoal, a postura levantou debates sobre o comportamento público de autoridades do Judiciário. Especialistas em ética e conduta pública ressaltam que, embora o ministro tenha sido alvo de ofensas, espera-se que membros do STF mantenham compostura e evitem reações que possam afetar a imagem da instituição.

O Supremo Tribunal Federal não se manifestou oficialmente sobre o episódio até o momento. Internamente, fontes próximas ao ministro alegam que a reação foi instintiva diante de xingamentos pessoais e hostilidade exagerada.

A presença de Alexandre de Moraes em eventos públicos tem sido marcada por tensão crescente nos últimos anos, devido à sua atuação em investigações de combate à desinformação, ataques ao sistema eleitoral e atos antidemocráticos. Mesmo assim, o magistrado costuma manter participação ativa em espaços culturais e esportivos, como forma de preservar sua rotina pessoal.

Fonte: Revista Oeste