Milei elogia Trump e afirma que paz em Israel é marco histórico
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Presidente argentino destaca acordo entre Israel e Hamas como vitória diplomática dos EUA e propõe Nobel da Paz para ex-mandatário americano
O presidente da Argentina, Javier Milei, manifestou publicamente seu reconhecimento ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo papel que atribuiu ao americano no recente acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Em mensagem nas redes sociais, Milei afirmou que o acordo representa um marco histórico na diplomacia internacional e ressaltou que Trump demonstrou “liderança e audácia” para encerrar o conflito.
Na mesma postagem, o argentino sugeriu que Trump fosse indicado ao Prêmio Nobel da Paz, ressaltando que “qualquer outro governante com feitos similares já teria sido laureado há muito tempo”. (Infobae)
A declaração de Milei reforça o alinhamento diplomático que vem construindo com os Estados Unidos e Israel desde sua campanha presidencial, posicionando-se como um defensor incondicional da aliança entre esses países. Em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio, o argentino aproveita o momento de trégua para destacar sua estratégia externa voltada à cooperação com potências ocidentais.
Apesar do tom celebratório, analistas veem um lado estratégico nessa mensagem: ao exaltar o papel de Trump, Milei reforça sua própria credibilidade internacional e evidencia uma aposta política em se posicionar como interlocutor aliado aos EUA em assuntos globais. Essa aproximação pode render dividendos diplomáticos para Buenos Aires — desde apoio econômico até fortalecimento da presença argentina em fóruns multilaterais.
Ainda assim, críticos sustentam que atribuir a Trump o “término da guerra” simplifica a complexidade dos conflitos e omite os múltiplos atores envolvidos no processo de negociação. A paz regional depende de muitos fatores, e elevá-lo como protagonista central pode distorcer a narrativa dos bastidores diplomáticos.
Em resumo, a mensagem de Milei é expressão de sua visão de política externa: uma que busca legitimar alianças poderosas, reafirmar seu alinhamento ideológico e capturar simbolismos de liderança internacional — mesmo quando os contornos reais do acordo ainda serão avaliados por especialistas e autoridades internacionais.
Fonte/Foto: Revista Oeste