Ricardo Fulgoni recebeu o diagnóstico de autismo aos 35 anos e hoje prova que pessoas autistas podem ter sucesso e autonomia no mercado de trabalho

O juiz estadual Ricardo Fulgoni, filho de uma família humilde e ex-aluno de escola pública, sempre se sentiu diferente, mas não entendia o porquê. Desde criança, enfrentava dificuldades de interação social e tinha uma sensibilidade extrema a luzes e sons. Sua irmã mais nova, quem o ajudava a se conectar com outras crianças, desempenhou um papel fundamental em sua socialização.

Foi apenas aos 35 anos que Ricardo descobriu que suas limitações estavam ligadas ao autismo. O diagnóstico trouxe alívio e explicou os desafios que ele enfrentou ao longo da vida. “Saiu uma carga de culpa em relação a tantas limitações que eu enfrentava e não sabia o porquê”, afirma.

Mesmo com as barreiras típicas do espectro autista, Ricardo Fulgoni não desistiu de seus objetivos e alcançou um feito admirável: tornou-se juiz estadual. Ele é um exemplo vivo de que pessoas autistas podem estudar, se qualificar e conquistar uma carreira sólida, mostrando que o diagnóstico não precisa ser uma limitação para uma vida independente e plena. Ricardo reforça que é possível para autistas estarem no mercado de trabalho e alcançarem seus sonhos.

Seu exemplo inspira e transforma a visão sobre o autismo, promovendo maior inclusão e compreensão nas mais diversas áreas profissionais.