Israel intercepta barco com Greta Thunberg a caminho de Gaza e gera tensão internacional

Published On: 09/06/2025 12:36Etiquetas: ,

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Ação das forças israelenses impediu chegada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e prendeu ativistas a bordo, incluindo a sueca Greta Thunberg

 

Operação marítima gera críticas globais

Em uma operação considerada controversa pela comunidade internacional, as forças israelenses interceptaram neste fim de semana um barco da frota humanitária Freedom Flotilla, que seguia em direção à Faixa de Gaza com suprimentos médicos e alimentares. A bordo da embarcação estava a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, além de voluntários de diferentes nacionalidades.

Segundo o governo de Israel, a ação teve como objetivo manter o bloqueio naval imposto a Gaza desde 2007, sob a justificativa de segurança nacional e combate ao contrabando de armas para grupos extremistas. No entanto, organizações de direitos humanos e lideranças internacionais reagiram duramente, alegando que a abordagem foi desproporcional e violou normas do direito internacional.

Ajuda humanitária barrada

A Freedom Flotilla partiu com a missão de levar cerca de 30 toneladas de ajuda humanitária à população de Gaza, que vive uma das piores crises humanitárias da atualidade, com escassez de alimentos, medicamentos e energia. Os ativistas afirmam que o objetivo era chamar atenção global para o bloqueio e exigir a livre entrada de suprimentos essenciais na região.

Greta Thunberg, conhecida por sua atuação contra a mudança climática e em defesa dos direitos humanos, declarou antes da partida que a missão era “um ato de solidariedade com as vítimas da injustiça e da guerra”.

Israel defende sua posição

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que o país continuará impedindo qualquer tentativa de violar o bloqueio marítimo imposto a Gaza. “Não permitiremos que embarcações entrem sem controle. A segurança dos nossos cidadãos é prioridade absoluta”, disse em comunicado oficial.

As autoridades israelenses informaram que os ativistas foram levados para interrogatório e posteriormente seriam deportados para seus países de origem.

Repercussão internacional

Organizações internacionais, como a Anistia Internacional e a Cruz Vermelha, manifestaram preocupação com o ocorrido, pedindo investigação independente sobre a ação e exigindo que a ajuda humanitária chegue à população civil de Gaza sem impedimentos.

Governos europeus também acompanham o caso com atenção, especialmente os de países que tinham cidadãos a bordo, como Suécia, Espanha e Noruega. Há pressão diplomática para que Israel adote medidas mais transparentes e permita missões humanitárias em conformidade com o direito internacional.

Conflito prolongado

A situação em Gaza tem se agravado desde o reinício do conflito entre Israel e o grupo Hamas em 2023. Segundo estimativas da ONU, milhares de civis já morreram e mais de 2 milhões de pessoas vivem em condições precárias, com acesso limitado a água potável, eletricidade e serviços de saúde.

A interceptação do navio com Greta Thunberg reacende o debate sobre o bloqueio à Gaza e o direito à ajuda humanitária, colocando Israel mais uma vez no centro de discussões globais sobre segurança, direitos humanos e justiça internacional.

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