Data dedicada aos portadores do dispositivo celebra avanços na cardiologia e histórias de superação

O Hospital de Base do Distrito Federal registrou um crescimento expressivo de 26% no número de implantes de marcapasso realizados entre janeiro e junho de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento é reflexo direto do avanço tecnológico na área da cardiologia, da ampliação do acesso ao tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e da maior conscientização sobre os sintomas e riscos das arritmias cardíacas.

O crescimento foi comemorado nesta semana durante as atividades do Dia do Portador de Marcapasso, celebrado em 23 de setembro. A data foi marcada por palestras, orientações médicas e, principalmente, relatos emocionantes de pacientes que encontraram no dispositivo a chance de retomar uma vida ativa e saudável.

Para o cardiologista e coordenador da unidade de marcapassos do hospital, Dr. Marcos Silva, o aumento dos procedimentos mostra que mais pessoas estão sendo diagnosticadas corretamente e no tempo certo. “Hoje conseguimos identificar com mais agilidade os pacientes que precisam do implante, e isso faz toda a diferença. O marcapasso é um tratamento seguro, eficaz e que tem evoluído muito nos últimos anos”, afirma.

Superação e qualidade de vida

A aposentada Ana Lúcia Mendes, de 67 anos, foi uma das pacientes que compartilhou sua história durante o evento. Após sentir fortes episódios de tontura e fadiga, ela recebeu o diagnóstico de bradicardia — condição em que o coração bate mais lentamente do que o normal. “Eu tinha medo, achava que era o fim da linha. Mas, depois do implante, voltei a caminhar, a cuidar da casa e até a viajar”, conta, emocionada.

Casos como o de Ana Lúcia ilustram o impacto direto que o marcapasso tem na qualidade de vida. Os modelos atuais, menores e mais duráveis, permitem que os pacientes levem uma vida praticamente normal, com acompanhamento médico periódico.

Expansão do serviço

O Hospital de Base, referência em procedimentos de alta complexidade na região Centro-Oeste, tem investido em capacitação profissional e na modernização dos equipamentos utilizados nos implantes. Segundo a direção da unidade, a meta é expandir ainda mais a oferta de cirurgias eletivas e reduzir o tempo de espera por diagnósticos e procedimentos.

A expectativa é de que o número de implantes continue crescendo até o fim do ano, beneficiando pacientes de todo o Distrito Federal e entorno. Mais do que números, o avanço representa vidas salvas e oportunidades de recomeço.

Fonte: Agência Brasília