Explosões em pontes na rússia deixam mortos e feridos | Governo fala em ato terrorista
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Acidentes em regiões próximas à fronteira com a Ucrânia envolvem trens de passageiros e de carga; autoridades russas investigam e culpam ação criminosa
Duas explosões atingiram pontes ferroviárias nas regiões de Briansk e Kursk, na Rússia, neste sábado (1º), provocando a morte de pelo menos sete pessoas e deixando dezenas de feridos. As autoridades russas classificaram os incidentes como atos de terrorismo e abriram investigações para identificar os responsáveis.
Em Briansk, uma ponte desabou no momento em que um trem de passageiros com quase 400 pessoas passava pelo local. O descarrilamento provocou sete mortes confirmadas e ferimentos em cerca de 70 passageiros, incluindo três crianças. O serviço de resgate foi acionado imediatamente, e os feridos foram encaminhados a hospitais da região.
No mesmo dia, em Zheleznogorsk, município da região de Kursk, uma segunda ponte também desabou, atingindo um trem de carga. A locomotiva pegou fogo e o maquinista ficou ferido. Embora menos grave, o episódio aumentou a preocupação com a segurança nas ferrovias russas.
O Comitê de Investigação da Rússia confirmou que as duas ocorrências estão sendo tratadas como atos de sabotagem. Svetlana Petrenko, porta-voz da entidade, afirmou que foram iniciados procedimentos criminais sob a acusação de terrorismo.
O governo ucraniano, por sua vez, negou qualquer participação nas explosões e sugeriu que os episódios possam ter sido forjados pelo próprio governo russo, como parte de uma estratégia de desinformação para sustentar suas ações militares no conflito em curso.
Especialistas afirmam que os ataques podem ter como objetivo desestabilizar ainda mais a região e dificultar as tentativas de negociação entre os dois países. As áreas atingidas estão entre as mais próximas da fronteira com a Ucrânia, o que alimenta as suspeitas de envolvimento no contexto da guerra.
As investigações continuam, e as autoridades prometem reforçar a segurança nas estruturas ferroviárias enquanto tentam restabelecer o tráfego e tranquilizar a população local.
Fonte: CNN