Especialistas alertam para aumento de casos de conjuntivite no DF

Published On: 20/10/2025 21:02

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Doença é altamente contagiosa e exige atenção a medidas simples de higiene e prevenção, segundo profissionais da rede pública

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) emitiu um alerta nesta semana sobre o aumento de casos de conjuntivite registrados nas unidades de atendimento do DF. A doença, embora tenha sintomas leves na maioria dos casos, é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente em ambientes com grande circulação de pessoas, como escolas, transporte público e locais de trabalho.

De acordo com especialistas da rede pública, o clima seco e as oscilações de temperatura típicas desta época do ano contribuem para o surgimento de irritações oculares, que favorecem a proliferação do vírus causador da conjuntivite.

“É importante que as pessoas estejam atentas aos primeiros sinais — olhos vermelhos, coceira, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos. A automedicação pode agravar o quadro, por isso o diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde”, orienta a oftalmologista Dra. Carla Menezes, do Hospital de Base.


Transmissão e cuidados preventivos

A conjuntivite viral é a forma mais comum e se propaga por contato direto com secreções oculares ou superfícies contaminadas. A doença também pode ser causada por bactérias (conjuntivite bacteriana) ou alergias, mas em todos os casos a prevenção está ligada à higiene pessoal e ambiental.

Entre as medidas preventivas recomendadas pelos profissionais estão:

  • Evitar compartilhar toalhas, travesseiros, maquiagem e colírios;

  • Lavar as mãos com frequência e evitar tocar os olhos;

  • Manter ambientes ventilados e limpos;

  • Em caso de sintomas, suspender atividades em grupo até a melhora completa.

“A conjuntivite é de fácil transmissão. O afastamento temporário de escolas e locais de trabalho é essencial para conter o contágio”, explica Mariana Pires, enfermeira da Atenção Primária à Saúde do DF.


Tratamento e acompanhamento

A maior parte dos casos tem evolução benigna, com melhora em até 10 dias, quando tratada corretamente. O tratamento costuma envolver colírios lubrificantes, compressas frias e higiene frequente dos olhos. Em casos mais graves, o paciente pode precisar de acompanhamento médico e uso de medicamentos específicos.

A Secretaria de Saúde reforça que os postos e unidades básicas de saúde (UBSs) estão preparados para atender pacientes com sintomas oculares e orientar sobre o tratamento adequado.

“O mais importante é não negligenciar os sintomas nem usar medicamentos por conta própria. O atendimento precoce evita complicações e ajuda a controlar a disseminação da doença”, acrescenta a médica.


Atenção redobrada nas escolas

As escolas públicas e particulares do DF receberam orientações para reforçar a higienização de salas e banheiros, e monitorar casos suspeitos entre alunos e funcionários. A SES-DF também disponibilizou material informativo sobre prevenção e primeiros cuidados para distribuição em unidades de ensino e postos de saúde.

Com medidas simples e atenção aos sinais do corpo, os especialistas destacam que é possível evitar surtos e proteger a visão.

Fonte: agência Brasília/Secretaria de Saúde do DF

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