Espanha ameaça deixar Eurovision 2026 por presença de Israel
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Governo espanhol pressiona a organização do festival e pode abandonar a competição caso a participação israelense seja confirmada
O governo da Espanha anunciou que poderá se retirar do Eurovision 2026 caso Israel participe da próxima edição do festival europeu de música. A posição foi comunicada em tom de alerta às entidades organizadoras do evento, marcando um dos episódios mais tensos da história recente da competição.
Segundo autoridades espanholas, a decisão está relacionada ao atual cenário internacional e à postura do país em defesa dos direitos humanos. Representantes do governo afirmam que a presença de Israel em um festival que se define como espaço de integração cultural contrasta com os princípios de paz e diálogo que a Espanha considera fundamentais.
O Eurovision, tradicionalmente organizado pela União Europeia de Radiodifusão (UER), tem regras que permitem a participação de países de fora da União Europeia, como Israel, Turquia e Austrália. No entanto, a pressão espanhola pode abrir um debate sobre os critérios políticos e diplomáticos que influenciam o festival.
A possível saída da Espanha também teria impacto simbólico e cultural. O país é um dos mais antigos participantes do Eurovision, tendo estreado em 1961 e conquistado o título duas vezes, em 1968 e 1969. Sua ausência representaria uma perda relevante para a diversidade musical da competição e reforçaria as tensões geopolíticas que, cada vez mais, cercam o evento.
Até o momento, a UER não se manifestou oficialmente sobre a ameaça espanhola. Nos bastidores, porém, comenta-se que outros países europeus acompanham o movimento de perto e avaliam posições semelhantes, o que pode transformar a edição de 2026 em um palco de disputas políticas além das artísticas.
Enquanto a organização busca manter o caráter cultural do festival, a pressão internacional indica que o Eurovision continuará sendo não apenas uma vitrine musical, mas também um reflexo dos conflitos e debates que atravessam o continente e o mundo.
Fonte: Revista Oeste