Escalada da violência | Recife, Salvador, Belém e Rio enfrentam aumento de tiroteios entre facções
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Cresce o número de confrontos armados ligados ao tráfico de drogas nas capitais, afetando a segurança pública e a rotina de moradores
Capitais de diferentes regiões do Brasil enfrentam um cenário alarmante de violência urbana. Nos últimos meses, Recife (PE), Salvador (BA), Belém (PA) e o Rio de Janeiro (RJ) têm registrado uma escalada de tiroteios e confrontos entre facções criminosas, sobretudo ligados ao tráfico de drogas e à disputa por território.
Os tiroteios, muitas vezes ocorrendo em plena luz do dia, têm deixado moradores em constante estado de alerta. Em algumas comunidades, o comércio fecha mais cedo, escolas suspendem aulas e o transporte público muda o itinerário por motivos de segurança.
Cenários distintos, problemas semelhantes
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Recife tem vivido um aumento da violência em bairros da periferia, especialmente em áreas onde há histórico de atuação de grupos armados rivais.
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Salvador registrou episódios de confronto em bairros populosos como Cajazeiras e Plataforma, com denúncias de toque de recolher imposto por criminosos.
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Em Belém, facções locais e interestaduais disputam o controle de rotas de tráfico, o que tem resultado em intensos tiroteios, inclusive perto de áreas centrais.
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No Rio de Janeiro, o aumento da violência em comunidades da Zona Norte e da Baixada Fluminense reacendeu o debate sobre a presença do Estado e o avanço do crime organizado.
Especialistas alertam para atuação nacional de facções
Segundo especialistas em segurança pública, o crescimento dessas ocorrências está ligado à expansão territorial de facções criminosas com atuação nacional, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), além de grupos regionais.
Essa disputa tem se intensificado à medida que organizações criminosas buscam ampliar o controle sobre rotas de tráfico, inclusive no Norte e Nordeste do país, tradicionalmente menos visados em décadas anteriores.
População acuada e clamor por respostas
Moradores relatam medo constante e cobram ações efetivas dos governos estaduais e do governo federal. Em resposta, algumas capitais têm reforçado o policiamento e ampliado operações integradas entre as forças de segurança.
No entanto, organizações da sociedade civil apontam que apenas ações repressivas não serão suficientes. Elas defendem uma estratégia mais ampla, que inclua investimentos em educação, políticas sociais, inteligência policial e controle de armas.
Fonte/Imagem: Revista Oeste