DF registra 1,3 tonelada de canetas emagrecedoras descartadas de forma irregular
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SLU alerta para os riscos de acidentes com garis e reforça que seringas e canetas aplicadoras devem ser entregues em UBSs ou farmácias, nunca no lixo comum ou reciclável
Entre 2024 e 2025, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) do Distrito Federal recolheu cerca de 1,3 tonelada de canetas emagrecedoras descartadas de forma irregular no lixo reciclável. O volume equivale a aproximadamente 36 mil unidades, segundo levantamento do órgão. O descarte incorreto desse tipo de resíduo preocupa as autoridades por representar risco direto à saúde dos garis e ao meio ambiente.
O aumento do consumo desses medicamentos — popularizados pelo uso de substâncias como a semaglutida, voltadas ao controle de diabetes e à perda de peso — fez crescer também o volume de resíduos hospitalares domésticos. No entanto, muitas dessas canetas e seringas acabam sendo jogadas no lixo comum, o que é proibido.
Risco à saúde e ao meio ambiente
De acordo com o SLU, o problema vai além do acúmulo de material. As canetas descartáveis possuem agulhas e resíduos de substâncias químicas que podem causar acidentes e contaminação. “O lixo reciclável é manuseado manualmente pelos catadores e garis. Quando esse tipo de material aparece misturado, aumenta o risco de ferimentos e exposição a produtos biológicos”, explicou o órgão em nota.
A destinação incorreta também representa perigo ambiental, pois os resíduos farmacêuticos podem contaminar o solo e a água. Em alguns casos, restos de medicamentos ainda presentes nas canetas podem se infiltrar em áreas de descarte e comprometer o equilíbrio ecológico.
Orientação ao cidadão
O SLU reforça que canetas aplicadoras, seringas e agulhas não devem ser jogadas no lixo reciclável nem no comum. A orientação é levá-las a Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou farmácias, que possuem coletores específicos para esse tipo de material.
Esses pontos de recebimento integram o programa de logística reversa de resíduos de saúde, que garante o encaminhamento correto dos itens para tratamento especializado e incineração segura.
“É fundamental que o cidadão entenda que a responsabilidade pelo destino desses produtos é compartilhada. Cada um precisa fazer sua parte para proteger quem trabalha na limpeza e preservar o meio ambiente”, reforçou a diretoria do SLU.
Conscientização e fiscalização
O órgão também pretende ampliar as ações de educação ambiental e campanhas informativas para orientar a população sobre o descarte correto. Nos próximos meses, o SLU deve firmar parcerias com farmácias e unidades de saúde para facilitar o recolhimento desse tipo de material em todas as regiões administrativas do DF.
A medida também busca conter o avanço do descarte inadequado de resíduos de uso domiciliar com potencial de risco biológico, que inclui não apenas canetas aplicadoras, mas também fitas de glicose, seringas e curativos.
Fonte: Serviço de Limpeza Urbana (SLU) / Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema-DF) / Agência Brasília

