Denúncias de Tagliaferro chegam à pauta internacional

Published On: 06/09/2025 18:06

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Senado vai encaminhar acusações contra Moraes e Gonet às autoridades dos EUA e órgãos nacionais

A Comissão de Segurança Pública do Senado prepara o envio de um dossiê com denúncias apresentadas pelo perito criminal Eduardo Tagliaferro às autoridades dos Estados Unidos. As acusações atingem diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, envolvendo suposta fraude processual e manipulação de provas em investigações sensíveis.

Segundo a Revista Oeste, além do encaminhamento internacional, o material também será entregue a diversas instituições brasileiras, incluindo o STF, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A movimentação ocorre no contexto da chamada “Vaza Toga”, como tem sido apelidado o caso por setores da oposição.

De acordo com senadores envolvidos, o objetivo é pressionar por maior transparência no Judiciário e abrir caminho para uma eventual CPI que apure as denúncias de Tagliaferro. O perito afirma ter sido perseguido após identificar irregularidades em perícias judiciais, especialmente em investigações relacionadas a atos políticos e censura de redes sociais.

Acusação ganha repercussão internacional

A proposta de levar as denúncias ao exterior tem como pano de fundo o debate sobre a atuação do Judiciário brasileiro em temas sensíveis à liberdade de expressão e ao devido processo legal. A estratégia é vista por analistas como uma tentativa de internacionalizar o debate sobre os limites da atuação judicial no Brasil, especialmente em um momento de forte polarização política.

O relatório com as denúncias deve ser apresentado na reunião da comissão marcada para terça-feira, 10 de setembro, e, se aprovado, será enviado às autoridades americanas nos dias seguintes. O conteúdo poderá ser compartilhado com instituições como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e outras entidades que acompanham questões de liberdade política e jurídica.

Enquanto isso, o Senado deve continuar discutindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, atendendo a uma demanda crescente de parlamentares da oposição que pedem apuração rigorosa e transparência institucional.

Fonte: Revista Oeste

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