Combate termina em desclassificação, briga generalizada e nocaute fora das regras; Wanderlei foi hospitalizado após ser atingido durante tumulto

O que era para ser uma luta de exibição entre dois ícones do esporte brasileiro acabou se transformando em uma grande confusão. O duelo entre o tetracampeão mundial de boxe Acelino “Popó” Freitas e o ex-lutador de MMA Wanderlei Silva, realizado no último sábado (28), em São Paulo, terminou com a desclassificação de Wanderlei, invasão ao ringue e até um nocaute durante a briga generalizada que se seguiu ao fim do combate.

A luta, promovida no evento Spaten Fight Night 2, era uma exibição e seguia as regras do boxe. No entanto, desde os primeiros rounds, Wanderlei apresentou comportamento agressivo, aplicando golpes considerados ilegais, como cabeçadas. Após diversas advertências, o árbitro optou por desclassificar Wanderlei no quarto round.

O anúncio da decisão gerou revolta e tumulto. Integrantes das equipes dos lutadores invadiram o ringue e, em meio à confusão, Wanderlei Silva foi atingido por um soco e caiu desacordado, precisando ser atendido imediatamente. Ele foi encaminhado ao hospital com ferimentos no rosto, corte no supercílio e suspeita de fratura no nariz.

Testemunhas apontaram que o responsável pelo soco foi Rafael Freitas, filho de Popó, que estava no entorno do ringue. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o momento em que o golpe é desferido, no meio da briga.

Após o episódio, Popó se pronunciou e lamentou o desfecho da luta. Ele afirmou que não compactua com a violência fora das regras e classificou o ocorrido como vergonhoso. Popó também alegou que a confusão se intensificou após a presença de terceiros que não faziam parte das equipes autorizadas, como o ex-lutador Fabricio Werdum.

Já Wanderlei Silva, em vídeo divulgado nas redes sociais, disse ter sido “covardemente agredido” pelas costas e afirmou que não esperava ser atingido fora do combate. “Estava tentando conter a situação quando fui surpreendido com socos no rosto”, relatou.

A organização do evento ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis sanções aos envolvidos. A confusão repercutiu amplamente na imprensa e nas redes sociais, levantando questionamentos sobre segurança em eventos de combate, o papel das equipes e o limite da rivalidade esportiva.

O caso pode ter desdobramentos judiciais e administrativos, já que imagens do tumulto mostram excessos cometidos por membros das equipes e outras pessoas não autorizadas dentro do ringue.

Fonte: UOL