Brasileira Juliana Marins morre após queda em vulcão na Indonésia

Published On: 25/06/2025 17:02Etiquetas:

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Aos 26 anos, mochileira e influenciadora enfrentou dias de agonia após acidente no Monte Rinjani; resgate foi dificultado por más condições climáticas e levanta questionamentos sobre a resposta das autoridades locais

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, faleceu após sofrer uma queda de aproximadamente 500 metros durante uma trilha no Monte Rinjani, um dos vulcões mais altos da Indonésia. A jovem, natural de Niterói (RJ), era formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ganhava destaque nas redes sociais por seu estilo de vida nômade e aventureiro.

Juliana realizava uma trilha noturna acompanhada de um grupo com guia quando se separou do trajeto principal e escorregou em um trecho instável da montanha. O acidente ocorreu entre os dias 20 e 21 de junho. Ela foi localizada apenas no domingo seguinte, por um drone, ainda com sinais de vida, em uma encosta de difícil acesso.

As tentativas de resgate foram prejudicadas pelas más condições meteorológicas, como névoa intensa e chuvas, além do terreno íngreme e instável da região. Apesar da mobilização de equipes de resgate e alpinistas experientes, a chegada até Juliana só foi possível na terça-feira (24), quando já não havia sinais vitais.

Familiares e amigos questionam a atuação das autoridades locais e a demora no resgate. Eles alegam que, com uma resposta mais rápida, a jovem poderia ter sido salva. Informações divulgadas por autoridades indonésias, de que ela teria recebido água e comida durante o período em que ficou presa, foram contestadas pela família e pela embaixada brasileira.

O caso comoveu o Brasil e repercutiu nas redes sociais, especialmente após a viralização de sua última postagem no Instagram, onde escreveu: “Never try, never fly” (“Nunca tente, nunca voe”). A frase foi interpretada como um símbolo de sua coragem e paixão por explorar o mundo.

Como medida de segurança, o Monte Rinjani foi temporariamente fechado para visitantes. Juliana Marins deixa um legado de liberdade, inspiração e reflexão sobre os riscos e cuidados em aventuras em locais remotos.

 

Créditos das fontes:

G1, CNN Brasil, Terra, O Globo, Newsweek, IndiaTimes, Mathrubhumi, e perfil público de Juliana Marins no Instagram.

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