Diretor da autoridade monetária aponta riscos indiretos para bancos e ressalta dilema entre manter clientes sancionados ou preservar operações essenciais

Um diretor do Banco Central alertou que a aplicação da Lei Magnitsky, mesmo em sua versão mais branda, pode gerar impactos indiretos significativos sobre o sistema financeiro brasileiro. A legislação americana permite a imposição de sanções a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, e seu alcance global preocupa autoridades monetárias e bancos que operam internacionalmente.

Segundo o diretor, os bancos enfrentam um dilema: manter clientes que eventualmente estejam sujeitos a sanções ou garantir o acesso a operações financeiras essenciais, como câmbio e transações em dólar. A decisão errada poderia afetar a estabilidade das instituições e, consequentemente, do sistema financeiro nacional.

A preocupação aumenta diante de um possível endurecimento das sanções, que poderia comprometer ainda mais a atuação de bancos com clientes de alto perfil. O diretor ressaltou que, mesmo sem sanções diretas no Brasil, os efeitos indiretos do mercado global são suficientes para gerar atenção especial por parte das autoridades.

Ministros do STF e executivos de grandes bancos, incluindo representantes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), já têm buscado esclarecimentos sobre os efeitos práticos da Lei Magnitsky, visando reduzir riscos e garantir a continuidade das operações financeiras.

Fonte/Imagem: Revista Oeste