Juliana Marins sofreu múltiplas fraturas e morreu por traumatismo torácico após queda durante trilha no Monte Rinjani

A brasileira Juliana Marins, de 33 anos, morreu após sofrer uma queda em uma trilha no Monte Rinjani, segundo maior vulcão ativo da Indonésia. A autópsia realizada pelas autoridades locais confirmou que a causa da morte foi um traumatismo torácico grave, provocado por uma forte pancada que resultou em múltiplas fraturas e uma hemorragia interna aguda.

O laudo detalha que Juliana teve lesões extensas no tórax, nas costas, nos ombros, na coluna e nas pernas. Médicos forenses estimam que ela tenha morrido cerca de 20 minutos após o impacto, sem evidências de que tenha sofrido por um período prolongado. A possibilidade de morte por hipotermia, cogitada inicialmente, foi descartada após exames detalhados: o corpo não apresentava necrose, rigidez ou outros sinais típicos de exposição prolongada ao frio.

Juliana viajava pela Ásia com amigos e era uma entusiasta de trilhas e natureza. O grupo decidiu explorar o Monte Rinjani, um destino popular entre turistas aventureiros. De acordo com relatos, a vítima se distanciou temporariamente do grupo quando ocorreu o acidente. Ela caiu em uma área de difícil acesso, com encostas íngremes e vegetação densa. O corpo foi localizado dias depois por equipes de resgate, que enfrentaram fortes chuvas e terreno escorregadio para realizar a remoção.

O caso mobilizou tanto autoridades indonésias quanto brasileiras. O Itamaraty informou que acompanha o caso e ofereceu assistência consular à família. O corpo de Juliana foi submetido à autópsia no Hospital Bhayangkara, em Mataram, capital da ilha de Lombok, e aguarda trâmites para repatriação ao Brasil.

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Juliana, lembrando sua paixão por viagens, esportes ao ar livre e seu espírito solidário. Um memorial virtual foi criado para homenageá-la.

A tragédia levanta novamente discussões sobre a segurança de trilhas em regiões vulcânicas da Indonésia, que, embora atrativas ao turismo, muitas vezes carecem de sinalização, guias experientes ou suporte emergencial adequado. Em nota, a administração do Parque Nacional de Rinjani afirmou que abrirá uma apuração sobre o ocorrido e poderá revisar as exigências de segurança para turistas estrangeiros.

Fontes/Imagem:

• CNN Brasil: “Brasileira morta em vulcão na Indonésia: autópsia revela causa da morte”

• O Tempo: “Autópsia revela causa da morte de brasileira em trilha de vulcão”

• UOL / Deutsche Welle: “O que diz a autópsia da turista brasileira que morreu em vulcão na Indonésia”

• Instagram Juliana Marins