Clube oficializa afastamento de Daniel Vorcaro após avanço das investigações da Polícia Federal, mantendo sua cadeira vaga enquanto apurações sobre suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro seguem em andamento

Segundo o clube, o afastamento segue as normas internas de governança da SAF, que impedem a permanência de dirigentes investigados por crimes graves até que os fatos sejam esclarecidos. A medida não altera, por ora, a posição acionária do fundo Galo Forte FIP, responsável pelos 20,2% adquiridos na SAF, já que as ações estão registradas em nome do fundo e não diretamente em nome de Vorcaro.

As apurações apontam suspeitas de que parte dos cerca de R$ 300 milhões investidos por Vorcaro no clube poderia ter origem ilícita. A Polícia Federal investiga possíveis práticas de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e vínculos com organizações criminosas. A prisão do empresário intensificou as discussões internas e acelerou o processo de afastamento.

A cadeira de Vorcaro no Conselho permanece vaga. A diretoria afirma que o foco agora é garantir estabilidade institucional e manter o planejamento da SAF sem prejuízos. Especialistas em governança esportiva avaliam que, apesar de não haver impacto imediato na administração, eventuais decisões judiciais envolvendo o fundo investidor podem gerar reflexos futuros na estrutura societária.

O caso reacende o debate sobre a origem dos recursos que entram nos clubes organizados como SAF e sobre a necessidade de maior rigor na avaliação de investidores. O Atlético informou que continuará acompanhando as investigações e adotará novas medidas se forem necessárias.

Créditos das informações: ge.globo.com, Atlético Mineiro site oficial, Terra, InfoMoney.