Governo ucraniano denuncia maior ofensiva aérea russa desde o início do conflito
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Ataque realizado na madrugada de domingo (25) atingiu dezenas de cidades e causou vítimas civis; autoridades reforçam apelo por apoio militar e sanções internacionais
O governo da Ucrânia denunciou neste domingo (25) a realização da maior ofensiva aérea por parte da Rússia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. A ação militar ocorreu durante a madrugada e combinou o uso de mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones kamikaze, resultando em uma das noites mais violentas do conflito.
De acordo com o comando da Força Aérea da Ucrânia, foram lançados 298 drones Shahed e 69 mísseis de diferentes tipos. Os ataques atingiram pelo menos 30 regiões, incluindo áreas densamente povoadas como Kiev, Kharkiv, Dnipro, Lviv e outras cidades estratégicas.
Apesar do sistema de defesa antiaérea conseguir interceptar a maioria dos alvos — 266 drones e 45 mísseis foram neutralizados —, os impactos ainda foram devastadores: ao menos 12 civis morreram, incluindo três crianças, e dezenas ficaram feridas. Hospitais, redes elétricas, escolas e edifícios residenciais sofreram sérios danos, agravando ainda mais a situação humanitária no país.
Em pronunciamento oficial, o presidente Volodymyr Zelensky classificou o ataque como “terrorismo de Estado” e voltou a cobrar uma resposta firme da comunidade internacional.
“O silêncio encoraja os agressores. A ausência de ações firmes apenas prolonga o sofrimento do povo ucraniano. Pedimos mais defesas aéreas, mais sanções e mais solidariedade”, afirmou o presidente.
O ataque ocorre num momento de renovadas tensões diplomáticas e militares, ao mesmo tempo em que líderes europeus e norte-americanos discutem o reforço no envio de sistemas de defesa aérea, munições de longo alcance e assistência financeira.
A ação russa também coincidiu com uma troca de prisioneiros entre os dois países — uma das maiores já realizadas até agora —, demonstrando a complexidade da dinâmica atual: enquanto há sinais esporádicos de cooperação, como nas questões humanitárias, o campo militar segue se agravando.
Especialistas em relações internacionais alertam que o aumento da intensidade dos ataques pode representar uma nova fase do conflito, exigindo maior atenção da comunidade internacional para conter riscos de escalada regional. A missão da ONU na Ucrânia, que monitora violações aos direitos humanos, já iniciou o levantamento dos danos e vai investigar possíveis crimes de guerra relacionados a esse ataque.
Resumo dos principais dados:
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Data do ataque: madrugada de 25 de maio de 2025
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Número de armas utilizadas: 298 drones e 69 mísseis
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Interceptações registradas: 266 drones e 45 mísseis abatidos
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Cidades atingidas: Kiev, Kharkiv, Dnipro, Lviv, entre outras
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Vítimas confirmadas: pelo menos 12 mortos e dezenas de feridos
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Danos materiais: hospitais, escolas, redes elétricas e prédios residenciais afetados
Fontes oficiais utilizadas:
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Deutsche Welle – www.dw.com
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CNN Brasil – www.cnnbrasil.com.br
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Reuters/UOL – noticias.uol.com.br
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Governo da Ucrânia – president.gov.ua