Santa Terezinha de Goiás volta ao radar internacional com interesse chinês em esmeraldas
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Demanda crescente por pedras preciosas sustentáveis impulsiona o setor mineral e atrai atenção de investidores asiáticos para tradicional cidade goiana
Um município do interior de Goiás voltou a atrair os olhares do mercado internacional, especialmente da China, por conta do seu potencial na produção de esmeraldas. Santa Terezinha de Goiás, que já foi considerada a “Capital das Esmeraldas” nas décadas de 1980 e 1990, ressurge no radar global com novas perspectivas de desenvolvimento mineral, agora sob o foco da sustentabilidade e da tecnologia.
Com um histórico de riqueza mineral, a cidade viveu tempos de intensa atividade econômica graças à exploração da gema verde, o que resultou em crescimento populacional e infraestrutura. Embora a mineração tenha se deslocado, posteriormente, para Campos Verdes, o polo regional permanece relevante no cenário nacional e desperta a atenção de investidores internacionais em busca de fornecedores confiáveis e éticos.
A crescente valorização das esmeraldas brasileiras no mercado asiático, especialmente na China, tem contribuído para esse novo ciclo de oportunidades. Consumidores chineses demonstram preferência por gemas com origem rastreável e extraídas sob boas práticas ambientais, o que abre espaço para parcerias e investimentos em tecnologias de extração e lapidação.
Empresas brasileiras do setor, como a Belmont, estão ampliando sua capacidade de processamento com equipamentos de classificação por laser, mirando diretamente essa demanda estrangeira. Ainda que não haja, até o momento, anúncios de investimentos diretos da China em minas brasileiras, o volume de importação e o interesse crescente já influenciam o fortalecimento da cadeia produtiva local.
Especialistas apontam que esse movimento pode desencadear novos aportes financeiros no setor, estimular a reestruturação da mineração na região e reposicionar o Brasil como fornecedor estratégico no mercado global de gemas. Com isso, cidades como Santa Terezinha e Campos Verdes ganham nova visibilidade — agora, não só como relíquias do garimpo, mas como centros de inovação e exportação no segmento das pedras preciosas.