Rodoviária do Plano Piloto inicia nova fase com gestão privada sob responsabilidade do Consórcio Catedral

Published On: 02/06/2025 18:12

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Terminal passa a ser administrado pelo Consórcio Catedral, que investirá R$ 120 milhões em melhorias para segurança, acessibilidade e conforto dos usuários

A partir de 1º de junho de 2025, a Rodoviária do Plano Piloto, principal centro de integração do transporte público do Distrito Federal, entrou em uma nova era de administração. Após quase 65 anos sob responsabilidade do poder público, a gestão do terminal foi oficialmente transferida ao Consórcio Catedral, composto pelas empresas RZK Empreendimentos Imobiliários Ltda e Atlântica Construções, Comércio e Serviços Ltda.

O contrato de concessão, firmado em outubro de 2024, estabelece um período de 20 anos de administração privada, com previsão de investimentos que somam R$ 120 milhões. Os recursos serão direcionados à modernização da estrutura, manutenção contínua e implementação de tecnologias voltadas à segurança e acessibilidade dos usuários.

Planos de modernização e melhorias

Entre as primeiras ações previstas pelo consórcio estão a recuperação de elevadores e escadas rolantes — equipamentos essenciais que há anos apresentavam falhas recorrentes — e a instalação de um novo sistema de videomonitoramento com câmeras de reconhecimento facial, visando reforçar a segurança no local.

Outro destaque do plano de revitalização é a criação de uma sala multissensorial, voltada ao atendimento inclusivo de pessoas com deficiência. A medida busca promover acessibilidade e garantir mais conforto para todos os frequentadores do terminal, que recebe cerca de 600 mil pessoas diariamente.

Além disso, o projeto prevê a requalificação de toda a estrutura da rodoviária, incluindo melhorias nos sistemas de iluminação, sinalização e limpeza, bem como a organização dos fluxos de circulação interna.

Estacionamento rotativo e reorganização dos ambulantes

Como parte da nova gestão, o estacionamento ao redor da rodoviária será transformado em área rotativa. Ao todo, 2.902 vagas estarão disponíveis, com cobrança de R$ 5,00 por hora. A medida visa aumentar a rotatividade de veículos e contribuir para a organização do trânsito local.

A transição para a administração privada também trouxe mudanças para os ambulantes que atuavam no terminal, especialmente na área do estacionamento superior. A pedido do Consórcio Catedral, o início da gestão foi adiado em oito dias para permitir a realocação desses trabalhadores, em um processo mediado pelo governo distrital.

Desafios na transição

Apesar dos avanços previstos, a nova administração já enfrenta alguns desafios. Durante o período de transição, trabalhadores da limpeza paralisaram temporariamente suas atividades, solicitando garantias de que seus contratos seriam mantidos sob a nova gestão. A situação gerou preocupações quanto à continuidade dos serviços essenciais no terminal, mas a expectativa é de que os impasses sejam resolvidos nos primeiros dias da concessão.

Expectativas para o futuro

A concessão da Rodoviária do Plano Piloto é vista como um marco para a mobilidade urbana de Brasília. A aposta do governo é que a parceria com a iniciativa privada resulte em melhorias significativas na qualidade do serviço prestado à população. A meta é transformar o terminal em um ambiente mais moderno, seguro e eficiente, à altura da importância estratégica que representa no cotidiano da capital federal.

Com a nova gestão, espera-se não apenas a revitalização da infraestrutura física, mas também uma mudança na experiência dos usuários, que há anos convivem com problemas estruturais e operacionais no terminal mais movimentado do Distrito Federal.

Fonte: Agência Brasília

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