Greve dos caminhoneiros tem convocação nacional, mas entidades do setor não aderem

Published On: 04/12/2025 09:18

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Mobilização prevista para esta quinta-feira divide a categoria e levanta alerta para uso político do movimento

A convocação de uma paralisação nacional de caminhoneiros para esta quinta-feira (4/12/2025) ganhou força nas redes sociais, mas não encontrou respaldo das principais entidades representativas da categoria. O chamado foi impulsionado por Chicão Caminhoneiro, ligado à União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), e contou com apoio do desembargador aposentado Sebastião Coelho. Entre as pautas incluídas estão reivindicações econômicas e pedidos de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Embora a mobilização circule amplamente em redes sociais e grupos de mensagens, sendo tratada por seus organizadores como uma “greve nacional”, entidades do setor afirmam que não participaram da convocação e rejeitam a paralisação. Federações e associações regionais destacaram que não há pauta unificada, alertaram para o caráter político do ato e afirmaram que o movimento não representa a maioria dos caminhoneiros.

A movimentação também difere do cenário registrado em 2018, quando a greve teve adesão massiva e bloqueou estradas em todo o país. Neste ano, sindicatos e cooperativas reforçam que nenhum comunicado oficial foi emitido e que a rotina dos transportadores deve seguir normal, com impacto limitado. Relatos apontam que o movimento se restringe principalmente a caminhoneiros autônomos alinhados às lideranças que convocaram o ato.

Apesar da baixa adesão anunciada, autoridades monitoram rodovias para evitar bloqueios e garantir o fluxo de cargas e passageiros. O governo federal e administrações estaduais afirmam que qualquer tentativa de obstrução total de vias será tratada dentro da legalidade, preservando o direito de ir e vir da população.

A convocação evidencia uma divisão interna na categoria e expõe disputas político-ideológicas envolvidas na mobilização. Enquanto organizadores defendem o ato como legítimo, entidades representativas reforçam que reivindicações estruturais precisam ser discutidas sem interferência partidária e dentro de instâncias oficiais.

Fontes: Resultados de buscas jornalísticas e institucionais sobre o movimento previsto para 4/12/2025.

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