Performance com atores vestidos de animais marca abertura da COP30 em Belém

Published On: 13/11/2025 08:58

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Ação artística na Green Zone dividiu opiniões entre participantes e chamou atenção para a biodiversidade amazônica

A abertura da COP30, em Belém (PA), foi marcada por uma cena que rapidamente se espalhou pelas redes sociais: atores vestidos de animais rastejando pelo pavilhão da chamada Green Zone, espaço que reúne organizações da sociedade civil, artistas e ativistas ambientais. A performance, organizada por um grupo local, buscou simbolizar a conexão entre o homem e a natureza e chamar atenção para a preservação da fauna e da floresta amazônica.

O ato performático contou com figurinos de animais típicos da região, como onças, cobras e aves, além da presença de um ator caracterizado como o Curupira, personagem do folclore brasileiro conhecido por proteger as matas. A encenação representava, de forma simbólica, os efeitos das mudanças climáticas sobre o equilíbrio ambiental e a urgência de medidas de proteção à Amazônia.

Expressão cultural e ambiental

De acordo com os organizadores, a ideia foi transformar o momento de abertura em uma manifestação visual e cultural do tema central da conferência: a preservação da Amazônia e da biodiversidade. “Queríamos mostrar que a floresta está viva, que cada ser tem um papel fundamental nesse ecossistema”, afirmou um dos artistas envolvidos na ação.

A performance foi recebida com reações divididas. Parte do público considerou a iniciativa uma forma criativa de sensibilizar os participantes sobre a urgência ambiental. Já outros a classificaram como “exagerada” e destoante do tom diplomático que tradicionalmente marca o início das conferências climáticas.

Arte como ativismo

Mesmo com as divergências, o ato cumpriu seu papel: atraiu a atenção da imprensa nacional e internacional e colocou em debate a presença da arte como ferramenta de mobilização ambiental. O uso de performances na COP30 reforça a proposta de aproximar o evento da população e das expressões culturais locais, mostrando que a pauta climática também se comunica por meio da linguagem simbólica.

Amazônia em foco

Realizada pela primeira vez no Brasil, a COP30 transformou Belém em palco global das discussões sobre o clima. O evento reúne chefes de Estado, cientistas, ambientalistas e representantes da sociedade civil para debater estratégias de redução de emissões e preservação das florestas tropicais.

Entre discursos, compromissos e negociações, a performance dos “animais amazônicos” acabou se tornando um dos momentos mais comentados da abertura — um lembrete visual de que, por trás dos acordos climáticos, há um planeta vivo esperando por ação concreta.

Fontes de referência: Metrópoles, Revista Oeste, O Globo, Portal COP30
Imagens: Reprodução/Portal COP30/Revista Oeste

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