Pesquisa da UnB descobre compostos naturais contra o câncer
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Estudo pioneiro conduzido em Brasília abre caminho para novas terapias mais seguras e eficazes
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB), com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), está abrindo novas possibilidades no tratamento do câncer de cabeça e pescoço, um dos tipos mais agressivos e de diagnóstico tardio no país. O estudo identificou compostos naturais com potencial terapêutico, capazes de inibir o crescimento de células tumorais sem afetar tecidos saudáveis.
O projeto, coordenado por pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (IB/UnB), busca alternativas mais seguras aos tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, que ainda causam fortes efeitos colaterais e impactam a qualidade de vida dos pacientes.
Os cientistas analisam extratos de plantas e substâncias bioativas da biodiversidade brasileira, avaliando sua ação sobre linhagens celulares tumorais em laboratório. Os resultados preliminares são animadores e indicam redução significativa na proliferação das células cancerígenas em testes in vitro.
Segundo os pesquisadores, o objetivo é desenvolver, a médio prazo, novos medicamentos e protocolos terapêuticos personalizados, que possam ser usados de forma complementar aos tratamentos já existentes. O estudo também conta com a parceria de instituições de saúde pública do DF e abre espaço para ensaios clínicos futuros, etapa essencial para validar a segurança das substâncias em seres humanos.
A FAPDF destaca que o investimento em pesquisas dessa natureza reforça a importância de aproximar ciência e saúde pública, aproveitando o potencial científico das universidades locais. “O apoio à inovação biomédica é estratégico. Projetos como esse unem pesquisa de ponta, uso sustentável da biodiversidade e benefícios diretos à população”, informou a fundação.
O câncer de cabeça e pescoço inclui tumores que acometem boca, garganta, laringe, cavidade nasal e glândulas salivares. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra cerca de 40 mil novos casos por ano, e o diagnóstico precoce continua sendo o principal aliado na cura.
A iniciativa da UnB mostra que ciência, meio ambiente e saúde pública podem caminhar juntas na busca por terapias mais humanas e eficazes. O estudo segue em fase avançada de testes laboratoriais e deve publicar novos resultados em 2026.
📍 Fonte: FAPDF / Universidade de Brasília / Agência Brasília

