Baixo público marca vitória do Fluminense no Maracanã após megaoperação no Rio

Published On: 30/10/2025 19:23

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Tricolor venceu o Ceará por 1 a 0 em jogo atrasado do Brasileirão, mas registrou apenas 11,6 mil pagantes no estádio, número influenciado pelo clima de insegurança na cidade

Mesmo com a vitória por 1 a 0 sobre o Ceará, o Fluminense viveu uma noite atípica no Maracanã. O público de 11.655 pagantes (12.780 presentes) registrado na partida desta quarta-feira (29) foi o menor desde 2021 em jogos do Tricolor como mandante no Campeonato Brasileiro. O jogo era válido pela 12ª rodada e havia sido adiado anteriormente.

De acordo com levantamento do portal ge.globo, o baixo comparecimento da torcida pode estar relacionado ao clima de insegurança no Rio de Janeiro, um dia após a megaoperação policial que deixou mais de 120 mortos nos complexos da Penha e do Alemão. A ação afetou o trânsito, o transporte público e gerou receio entre os torcedores, que optaram por não se deslocar ao estádio.

Apesar das arquibancadas vazias, o time conseguiu o resultado esperado. O gol solitário da partida foi marcado por Keno, garantindo três pontos importantes para o Fluminense, que agora volta a se aproximar do grupo dos seis primeiros colocados do Brasileirão.

A última vez que o clube havia registrado um público tão baixo no Maracanã foi há quatro anos, em um duelo diante do Juventude, em 2021. Normalmente, o Fluminense tem médias acima de 25 mil torcedores em partidas decisivas no estádio.

Nos bastidores, dirigentes reconhecem que o público reduzido também reflete o momento instável do futebol carioca e a preocupação com a segurança na cidade. “O torcedor quer vir ao estádio, mas precisa se sentir seguro para isso”, afirmou um dirigente do clube, sob anonimato.

Mesmo com a vitória, o episódio reforça a importância de repensar estratégias para aproximar o torcedor do time em tempos de instabilidade. O futebol, como reflexo da sociedade, sente o impacto direto da violência e da desordem urbana que tomaram conta do Rio nos últimos dias.

Créditos:
Fonte: CNN Brasil

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