Número de mortos em megaoperação no Rio sobe para 121, segundo a Polícia Civil
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Balanço atualizado confirma quatro policiais entre as vítimas, operação é considerada a mais letal da história do estado
O número de mortos na megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, subiu para 121, conforme atualização divulgada pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (30). Entre as vítimas, quatro são policiais que atuavam nas forças de segurança.
De acordo com a corporação, a operação teve como objetivo desarticular o grupo criminoso Comando Vermelho, responsável por controlar parte das atividades ilegais na região. A ação contou com a participação de aproximadamente 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, além de apoio aéreo e terrestre.
O confronto, que começou na madrugada de segunda-feira (28) e se estendeu por mais de 24 horas, deixou um rastro de destruição e medo entre os moradores. Ruas foram bloqueadas com barricadas, ônibus foram incendiados e escolas suspenderam as aulas durante o tiroteio.
Ainda segundo informações divulgadas pela CNN Brasil e confirmadas por outras fontes nacionais, 113 suspeitos foram presos e diversas armas de grosso calibre foram apreendidas, incluindo fuzis, pistolas e explosivos. As forças de segurança também recolheram grande quantidade de drogas e veículos roubados.
O governador Cláudio Castro defendeu a ação e afirmou que o Estado “não pode recuar diante do crime organizado”. Entretanto, entidades de direitos humanos voltaram a criticar o alto número de mortos e pediram investigação independente para identificar eventuais excessos cometidos durante a operação.
Especialistas em segurança pública avaliam que o episódio reforça a necessidade de repensar o modelo de combate ao crime nas comunidades. Apesar da dimensão da operação, o saldo humano reacende a discussão sobre o uso da força e a eficácia de estratégias baseadas em confrontos diretos.
Com 121 mortes confirmadas, esta se tornou a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, superando a chacina do Jacarezinho, em 2021, que deixou 28 mortos.
Créditos:
Fontes: CNN Brasil, Revista Oeste e Agência Brasil
Foto: Revista Oeste

