Durante evento preparatório da COP, país defende ampliação do financiamento internacional e transição justa para economias em desenvolvimento

O governo brasileiro defendeu, em evento internacional preparatório para a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), a urgência em ampliar o financiamento climático global. O encontro, conhecido como Pré-COP, ocorreu nesta semana e reuniu ministros e representantes de dezenas de países que discutem medidas para conter o aquecimento global.

O Brasil destacou que, embora tenha avançado em políticas de energia limpa, reflorestamento, agricultura sustentável e redução do desmatamento, a escassez de recursos internacionais ainda é um obstáculo para acelerar as ações de mitigação e adaptação climática em países em desenvolvimento.

O secretário nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, André Corrêa do Lago, afirmou que é preciso garantir condições financeiras equitativas para que as nações possam cumprir suas metas ambientais.

“Os impactos da crise climática não são distribuídos de forma igual. Países em desenvolvimento precisam de apoio efetivo para implementar políticas sustentáveis e reduzir emissões sem comprometer seu crescimento econômico”, pontuou.

Durante o evento, o Brasil cobrou o cumprimento da promessa feita por países desenvolvidos de destinar US$ 100 bilhões por ano a ações climáticas globais — compromisso firmado ainda em 2009 e que, segundo especialistas, nunca foi integralmente cumprido. O governo brasileiro também defendeu a criação de novos instrumentos de financiamento e a ampliação do acesso direto a fundos climáticos multilaterais.

Além da pauta financeira, o país reiterou a importância de uma transição justa e inclusiva, que una sustentabilidade ambiental e desenvolvimento social, garantindo oportunidades econômicas e geração de empregos verdes.

A próxima COP, que será realizada em Baku, no Azerbaijão, em novembro, deve reunir líderes de mais de 190 países. O Brasil participará com uma delegação interministerial e apresentará avanços em programas como o Fundo Amazônia, a redução de emissões de carbono e a expansão da matriz energética renovável.

Fonte/Foto: Agência Brasil / MMA