Obesidade infantil preocupa rede pública do DF
Compartilhar
Profissionais alertam para riscos e reforçam prevenção desde a infância
O número de crianças com obesidade ultrapassou, pela primeira vez, o de crianças subnutridas no mundo, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 15% dos jovens já apresentam sobrepeso, cenário que também se reflete no Distrito Federal e tem mobilizado profissionais da rede pública de saúde.
Segundo especialistas, a obesidade infantil está diretamente ligada a fatores como má alimentação, sedentarismo, uso excessivo de telas e falta de hábitos saudáveis no ambiente familiar. Para a pediatra Luciana Freitas, da rede pública do DF, é essencial agir de forma preventiva. “Muitas vezes, a criança é exposta desde cedo a alimentos ultraprocessados e refrigerantes. Isso tem impactos diretos na saúde a curto e longo prazo”, afirma.
A preocupação vai além do peso. Crianças com obesidade têm maior risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas cardiovasculares ainda na juventude. Além disso, questões emocionais, como baixa autoestima e bullying escolar, também são consequências comuns.
Prevenção começa em casa e na escola
As unidades básicas de saúde (UBSs) do DF têm intensificado campanhas de orientação voltadas às famílias, com foco em alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e redução do consumo de açúcar e industrializados. Escolas públicas também têm papel fundamental na formação de hábitos saudáveis, com programas de merenda nutritiva e atividades esportivas.
“O combate à obesidade infantil precisa ser coletivo. Envolve a família, a escola e o sistema de saúde. É uma responsabilidade de todos”, reforça a nutricionista Camila Andrade, da Secretaria de Saúde.
Com ações integradas, o objetivo é frear o avanço do problema e garantir um crescimento mais saudável para as próximas gerações.
Fonte: Agência Brasília

