Celebração no jardim do hospital integrou família, amigos e equipe de saúde em momento de conforto e afeto

A manhã da última terça-feira (19) no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) foi marcada por um momento de rara sensibilidade. Em meio ao tratamento de uma paciente em cuidados paliativos, o hospital promoveu uma roda de samba no jardim central da unidade, como parte das ações voltadas ao conforto emocional e à humanização do cuidado.

A protagonista do momento foi Marilda Cordeiro, de 67 anos, paciente da unidade. Ao lado de familiares, amigos, outros pacientes e profissionais da saúde, ela foi homenageada ao som de clássicos do samba. Um quarteto musical animou a roda com músicas que emocionaram todos os presentes — entre elas, o refrão “Quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso. Valeu por você existir, amigo”, do grupo Fundo de Quintal.

A ação foi organizada pela equipe multiprofissional de cuidados paliativos do HRAN, com apoio da direção da unidade e dos familiares de Marilda. A celebração foi planejada em poucas horas, após conversas com a família e avaliação médica que viabilizou o momento especial, respeitando as condições clínicas da paciente.

Acolhimento além da medicina

De acordo com a equipe do hospital, momentos como esse fazem parte da abordagem integral dos cuidados paliativos, que prioriza não apenas o alívio da dor física, mas também o bem-estar emocional e social dos pacientes em situações de doenças graves ou terminais.

“Cuidados paliativos são sobre viver com dignidade até o fim. E isso inclui sorrir, cantar, estar com quem se ama”, reforçou uma das profissionais envolvidas na organização da homenagem.

A celebração também proporcionou um momento de conexão entre os próprios profissionais de saúde e os pacientes, que puderam participar do evento com segurança, em um espaço aberto e acolhedor.

Uma rede pública mais humana

A iniciativa do HRAN integra uma política mais ampla de humanização da saúde pública no Distrito Federal, com ações semelhantes sendo desenvolvidas em outras unidades da rede. Equipes treinadas em cuidados paliativos oferecem suporte contínuo a pacientes e familiares, ajudando a enfrentar momentos difíceis com sensibilidade e apoio interdisciplinar.

A ação reforça o compromisso do sistema público de saúde em tratar o paciente como um todo, respeitando suas necessidades físicas, emocionais, espirituais e sociais — especialmente nos momentos em que o cuidado se torna mais importante que a cura.

📝 Fonte: Gabriel Silveira, da Agência Saúde DF | Edição: Natália Moura