Estados Unidos se preparam para lançar o último caça com piloto humano
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F/A-XX e F-47 devem marcar o fim de uma era no combate aéreo, abrindo caminho definitivo para drones de guerra autônomos
O cenário da aviação militar está prestes a entrar em uma nova fase. As forças armadas dos Estados Unidos, líderes mundiais em tecnologia bélica, estão desenvolvendo os que podem ser os últimos caças tripulados da história do país: o F/A-XX, da Marinha, e o F-47, da Força Aérea. Ambos fazem parte de uma transição estratégica para uma futura frota aérea formada majoritariamente por aeronaves não tripuladas e com alta autonomia operacional.
O F/A-XX, projetado para substituir os F/A-18 Super Hornet, será o novo caça de sexta geração da Marinha e deverá operar embarcado em porta-aviões. Segundo oficiais da própria força naval, ele poderá ser o último modelo com piloto a bordo antes da adoção definitiva de sistemas autônomos. A aeronave está sendo pensada para trabalhar em conjunto com drones de combate inteligentes, formando esquadrões híbridos em missões de longa distância e superioridade aérea.
Combate colaborativo e automação no centro da estratégia
Já a Força Aérea norte-americana aposta no programa NGAD (Next Generation Air Dominance), que tem como pilar o F-47, caça altamente avançado que atuará em conjunto com uma frota de drones letais controlados por inteligência artificial — os chamados “wingmen colaborativos”. Essas aeronaves não tripuladas terão funções que vão desde reconhecimento até ataque direto, operando lado a lado com o caça principal em tempo real.
Além disso, programas como o Skyborg já estão testando protótipos de drones com capacidade de decisão independente, capazes de voar, identificar alvos e até disparar armamentos sem intervenção humana contínua. A meta é garantir maior flexibilidade, alcance e segurança nas missões — especialmente em áreas de risco extremo.
Fim da era do piloto no cockpit?
Embora ainda existam desafios técnicos e éticos na automação total do combate aéreo, o avanço é considerado inevitável. Especialistas apontam que, dentro de duas ou três décadas, a presença humana nos caças de combate será exceção, não regra. O foco passará a ser o uso de sistemas integrados, conectados por redes seguras e sustentados por inteligência artificial.
Nesse contexto, o F/A-XX e o F-47 poderão entrar para a história como os últimos caças projetados com assento para um piloto humano, simbolizando o fim de uma era iniciada com os duelos aéreos da Primeira Guerra Mundial.
Fonte: Revista Oeste