Campanha nacional alerta para prevenção da leishmaniose no DF
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Mosquito-palha, transmissor da doença, encontra ambiente favorável em áreas urbanas e rurais; cuidados simples podem evitar contaminações
Durante esta semana, o Distrito Federal participa da Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose, campanha que mobiliza estados e municípios em ações de conscientização sobre a doença, sua prevenção e os cuidados com animais domésticos. A iniciativa, prevista em lei federal, busca reforçar a importância do controle ambiental e da vigilância permanente para reduzir os casos no país.
A leishmaniose é uma doença infecciosa grave causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida pela picada do mosquito-palha — um inseto pequeno e silencioso, comum em áreas com acúmulo de matéria orgânica, sombra e umidade. No Distrito Federal, a presença do vetor é monitorada regularmente pela Secretaria de Saúde, que também alerta para a importância da participação da população no controle do ambiente.
Casos e riscos no DF
Embora o DF não esteja entre as regiões com maior número de casos da doença, o risco existe e é contínuo, principalmente em áreas periurbanas e rurais. Segundo autoridades de saúde, o mosquito encontra condições propícias para se reproduzir em terrenos baldios, quintais com acúmulo de folhas, lixo orgânico e locais onde há criação de animais sem os devidos cuidados sanitários.
Além disso, cães infectados são considerados importantes reservatórios da leishmaniose visceral — a forma mais grave da doença, que pode levar à morte se não for tratada.
Como prevenir
A campanha orienta que a população adote medidas simples, mas eficazes, para evitar a proliferação do vetor e reduzir o risco de infecção:
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Manter quintais limpos e livres de matéria orgânica, como folhas secas, restos de comida e fezes de animais;
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Evitar o acúmulo de lixo e garantir o descarte correto dos resíduos domésticos;
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Instalar telas em portas e janelas, além de utilizar mosquiteiros em áreas de maior exposição;
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Usar coleiras repelentes em cães e realizar exames regulares nos pets;
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Evitar a permanência de animais soltos em terrenos baldios ou matas próximas a residências.
Atenção aos sintomas
A leishmaniose pode se manifestar em duas formas: tegumentar (cutânea) e visceral. Os principais sintomas da forma visceral em humanos incluem febre prolongada, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado e do baço. Em cães, a doença pode causar feridas na pele, queda de pelos, crescimento exagerado das unhas, entre outros sinais.
Ao identificar sintomas suspeitos, é essencial procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento imediato.
Mobilização e educação
Durante a semana, agentes comunitários, equipes de vigilância ambiental e profissionais da saúde promovem ações educativas em diversas regiões administrativas do DF, distribuindo materiais informativos e orientando a população sobre como proteger suas casas, seus pets e sua saúde.
A campanha também visa combater a desinformação e incentivar a responsabilidade compartilhada entre poder público e cidadãos no controle da leishmaniose.
Fonte: Agência Brasília