Profissionais da saúde são capacitados para identificar riscos de violência doméstica e feminicídio
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Objetivo da formação é aprimorar a atuação dos serviços de saúde na prevenção e no encaminhamento de casos graves de violência contra a mulher
Profissionais da saúde estão passando por capacitações específicas para reconhecer sinais de alerta relacionados à violência doméstica e ao risco de feminicídio. A iniciativa, promovida por órgãos de saúde e entidades de defesa dos direitos das mulheres, visa fortalecer a rede de proteção e garantir respostas mais eficazes e ágeis diante de situações de risco.
Durante os treinamentos, são destacados comportamentos e situações que, segundo especialistas, podem indicar alto grau de perigo para a mulher. Entre os principais sinais estão ameaças de morte por parte do agressor, tentativas anteriores de estrangulamento, fácil acesso a armas de fogo, ciúmes possessivos, e controle excessivo sobre a rotina, vestimenta, contatos e finanças da vítima.
A capacitação também orienta os profissionais sobre como abordar possíveis vítimas de maneira acolhedora e segura, além de como proceder com os encaminhamentos necessários aos serviços de assistência social, psicologia, segurança pública e rede jurídica.
“A equipe de saúde muitas vezes é a primeira a ter contato com mulheres em situação de violência. Saber reconhecer os sinais e oferecer ajuda adequada pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, afirma uma das coordenadoras do programa.
O treinamento reforça ainda a importância do preenchimento correto de fichas de notificação compulsória de violência interpessoal, que ajudam a mapear os casos e orientar políticas públicas de prevenção.
Nos últimos anos, o Brasil tem registrado índices alarmantes de feminicídio, com milhares de mulheres assassinadas em decorrência de violência de gênero. Nesse cenário, o papel das unidades de saúde como ponto de acolhimento e denúncia se torna ainda mais estratégico.
A expectativa é que, com a capacitação contínua e a articulação entre as redes de saúde, segurança e justiça, seja possível prevenir tragédias e promover maior proteção às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Fonte: Agência Brasília